Ocorre quando um trombo (coágulo) se desloca de veias profundas, geralmente dos membros inferiores, e vai pela corrente sanguínea até o pulmão, causando o bloqueio de artérias pulmonares.

Com isso os pulmões podem perder áreas de oxigenação do sangue, o que pode ocasionar diversas alterações no funcionamento do organismo.

FATORES DE RISCO

Como a embolia pulmonar é uma complicação da trombose venosa profunda, os fatores de risco são os mesmos:

  • Predisposição genética.
  • Idade acima de 40 anos.
  • Obesidade.
  • Gravidez e período após o parto.
  • Câncer.
  • Uso de anticoncepcionais e reposição hormonal.
  • Infecções graves.
  • Alteração de fatores de coagulação presentes no sangue. 
  • Traumatismos.
  • Imobilização.
  • Tabagismo.
  • Cirurgias de longa duração.
  • Viagens na posição sentada por mais de 6 horas.

QUADRO CLÍNICO

A embolia pulmonar pode ter um amplo espectro de apresentações clínicas, variando desde casos onde não há quaisquer manifestações a até morte. Os sintomas, quando presentes, geralmente são:

  • Falta de ar.
  • Dor no tórax.
  • Tosse seca ou com sangue.
  • Aceleração dos batimentos cardíacos.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico se faz principalmente através de angiotomografia computadorizada. A arteriografia pulmonar pode ser utilizada em algumas situações específicas.

O ecocardiograma pode ser solicitado para avaliar se a função do coração não foi afetada pelo aumento da pressão nas artérias pulmonares.

A dosagem sanguínea de Dímero-D pode auxiliar a investigação, ao excluir o diagnóstico de embolia se estiver em nível normal.

TRATAMENTO

O tratamento convencional é anticoagulação que auxilia o organismo a promover a reabsorção do êmbolo. Para tanto, são administrados medicamentos que agem inibindo os fatores de coagulação presentes no sangue.

As técnicas de dissolução de coágulos com medicamentos fibrinolíticos são reservadas aos pacientes com acometimento de múltiplas regiões pulmonares, associadas a graves alterações da circulação e da pressão arterial. Não são utilizados sempre, pois apresentam risco elevado de causar sangramento.

Pacientes com contraindicação para anticoagulação como, por exemplo, os que realizaram cirurgias de grande porte recentemente, ou com embolia na vigência de anticoagulação, podem necessitar do implante de um dispositivo chamado filtro de veia cava inferior, que é realizado por cateterismo.

Este dispositivo, que pode ser permanente ou temporário, “filtra” o sangue que vem dos membros inferiores e captura um possível êmbolo, protegendo os pulmões.

Importante ressaltar que o filtro não trata a trombose venosa, sendo necessário manter a anticoagulação, ou reintroduzir a mesma assim que possível.